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Tudo e um pouco mais sobre preparação mental para o parto, gestação, puerpério e parentalidade.

Tully: uma viagem no puerpério

Tully: uma viagem no puerpério

Sem spoiler, Tully é o filme mais verdadeiro sobre puerpério que já assistimos! Mona assistiu primeiro, daí ela só queria falar sobre esse filme, o que deixou a gente curiosa no topo e só muito mindfulness para aguentar a vontade de falar sobre ele com quem ainda não tinha assistido. Como não sei se você assisitiu, vou me conter nos comentários, mas se não assistiu assista, especialmente se estiver passando por aquela fase interessante do puerpério quando seu mundo parece ter modificado totalmente e o das outras pessoas não.

A direção do filme é do Jason Reitman, o mesmo de “Juno” - que também é um filme maravilhoso sobre maternidade. Se gostou de um, deverá gostar do outro, isso se os hormônios não lhe fizeram mudar totalmente a perspectiva estética. É um drama, nada de comédia na tela, se bem que há cenas que a gente tem vontade de rir.

Incrível que esse filme tenha sido dirigido por um homem. É uma leitura empática do que é um puerpério, do que se passa por fora e por dentro de nós. Certo, “nós” é um jeito de falar. Não passei por isso, mas o time aqui do GB todo passou e minha irmã está nessa fase também, o que me dá status de convivência qualificada com puérperas e posso me sentir apta a falar sobre ele como observadora.

A Charlize Theron no papel principal superou qualquer expectativa de atuação. Ela mudou o corpo para isso, mostrando uma força em cena que só uma mulher recém parida faria melhor. Acho que não conseguiríamos transformar uma experiência de cinema em algo tão absurdamente empático se não fosse ela a atriz (coisa de fã) e sua barriga exposta às críticas de milhares de espectadores.

Tully poderia ser um filme para discutir a maternidade em uma família branca, de classe média americana, sem rede de apoio por perto, mas o resultado é muito maior que esse. É um filme que fala de quantas superações são necessárias para a mulher ultrapassar a fase do puerpério e como isso a afeta fisicamente, emocionalmente e mentalmente.

Quando comecei no GentleBirth ouvia alguns termos complicados para mergulhar como a resiliência, a gratitude, o autocuidado, a mudança de mindset. Tudo parecia remoto, no entanto hoje compreendo o quanto esses conceitos fazem sentido na vida da gente e na jornada até o parto, e depois dele mais ainda!

Bem, minha dica é de que assistam Tully, se possível com seu companheiro ou sua companheira, lembrando que o cinema é uma arte das mais impactantes, usa essa linguagem para despertar olhares e aí está todo o poder pedagógico do filme: uma reflexão intensa sobre como precisamos preparar nossas mentes para vivermos a maternidade controlando o que for controlável.

Você já assistiu Tully? O que achou?

>> O filme foi lançado em 2018 e pode ser encontrado em algumas plataformas de streaming.

Texto: Ariana A. Magalhães (GentleBirth Brasil)

Foto: Cena do filme Tully (2018)

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