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Tudo e um pouco mais sobre preparação mental para o parto, gestação, puerpério e parentalidade.

Como o medo impacta a relação pais-bebê

Como o medo impacta a relação pais-bebê

Mariana Gil*

O medo é uma resposta fisiológica do nosso corpo ao entrar em contato com uma ameaça ou algum estímulo desconhecido e possivelmente perigoso. É uma resposta inconsciente, uma sensação física de desconforto que pode gerar algum tipo de comportamento ou reação fisiológica como tensão muscular, aumento da adrenalina, batimentos acelerados, estado de vigilância, respostas que podem ser consideradas como luta-fuga. Ter e vivenciar medo é saudável, a certo nível, para que possamos nos preparar e prevenir de possíveis perigos e ameaças reais, porém, quando esse medo se torna generalizado e excessivo, pode ser maléfico para o nosso corpo e mente.

A maternidade, por si só, gera mudanças físicas e também psicológicas, afinal, é algo que a pessoa nunca experienciou antes e é marcada por um novo papel. O maternar e paternar é marcado por uma série de impactos que essas pessoas atravessarão, afinal, é preciso reviver traumas, reviver experiências passadas, novas responsabilidades, novos papeis sociais, doação intensa física e emocional, entre muitas outras coisas. Portanto, não se pode reduzir a experiência parental apenas no cuidar de um bebê pelo fato de que essa relação pais-bebê é afetada por inúmeras questões psicológicas também. 

Sabendo disso, quando essa parte emocional está abalada, o enfrentamento dessa mudança está sendo visto como ameaçador, o medo toma conta. Essa resposta pode ser maléfica para o desenvolvimento não só da relação parental para com o bebê, como para o desenvolvimento social, cognitvo e emocional dessa criança. Uma vez que os pais estão tentando lidar com questões internas e que, possam falhar nessa tentativa, é mais trabalhoso investir na relação com a criança.

O medo pode criar uma barreira para que a mãe lide com a maternidade com leveza, aceitação e curiosidade. A longo prazo, pode tornar esse medo em ansiedade e pode ter dificuldade de viver o presente, desfrutar dessa experiência rica que a gestação e parentalidade pode ser, apesar de não ser fácil.

Além disso, a resposta física do medo, pode afetar o próprio corpo da mãe no momento de gestar, aumentando os níveis de cortisol e assim, afetando os níveis de ocitocina. Além de gerar tensão muscular, dores e também, ser um facilitador para que a mãe tome decisões que são influenciadas ou que não são necessárias, afetando seu desempenho tanto no parto quanto na parentalidade. A autoeficácia e a autoestima da mãe e/ou do pai são diretamente afetadas pela sensação de medo, insuficiência de enfrentar essas fases. 

Dito isso, acredito que o acompanhamento de psicológico, de instrutoras do GentleBirth que são especializadas por oferecer informação de qualidade, de pessoas que possam proporcionar um maior bem-estar para famílias gestantes, é um serviço de saúde não só física mas emocional para que esses pais consigam estabelece relações saudáveis e uma maior autoeficácia e autoestima para lidar com essa fase tão trivial da vida. É atuando na prevenção de possíveis traumas, maus tratos com crianças, relações abusivas, desenvolvimento cognitivo, afetivo e físico da criança negativamente afetado, entre muitas outras coisas.

O medo é necessário, mas quando excessivo, pode ser inimigo da saúde e do bem-estar.

Clique para fazer download do App GentleBirth Hypnobirthing e ter uma gestação calma, confiante e no controle de suas emoções.

*Mariana Gil é psicóloga em Porto Alegre (RS) e Certificada GentleBirth. Você pode encontrá-la no Instagram em @psi.marianagil.

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