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Tudo e um pouco mais sobre preparação mental para o parto, gestação, puerpério e parentalidade.

O que ouvimos sobre o parto

O que ouvimos sobre o parto

* Suellen Amaral

Você já reparou que a grande maioria das histórias de parto reproduzidas por aí são terríveis e assustadoras? Vemos cenas de filmes que geralmente exibem mulheres gritando desesperadas, ouvimos sobre longos trabalhos de parto, sobre a mulher ser deixada sozinha, sobre muitas e muitas horas de muita dor e  sofrimento. Você percebe que esse cenário acaba sendo visto como o normal e esperado frente a um parto vaginal?

Um dos motivos disso acontecer é a falácia da taxa básica, um fator psicológico de percepção de risco. Ele nos diz que nossa percepção de risco é afetada por histórias sensacionais. Ou seja, acreditamos que essa é a realidade ao invés da taxa básica geral desse fato. Podemos concluir então que o que ouvimos sobre o parto nos afeta e que as cenas descritas acima podem contribuir para montarmos uma imagem mental distorcida.

Pois bem, partos vaginais não são histórias de horror!

As evidências científicas nos mostram um cenário no qual a mulher pode ser a protagonista no momento do seu parto. Elas mostram que existem métodos para alívio de dor (farmacológicos ou não-farmacológicos); que a experiência de dor é subjetiva e, com preparo mental, ela pode ser reduzida ou nem percebida; que a mulher pode e deve contar com um acompanhante de sua escolha, entre outras possibilidades. As evidências científicas demonstram que a experiência de parto pode ser positiva e muito!

Quero propor a você que está lendo um breve exercício de reflexão. Inicie simplesmente adotando uma postura de curiosidade e questione as suas verdades absolutas sobre o parto. Questione tudo o que já ouviu e viu. Em seguida, faça o movimento de buscar informações de qualidade. Busque informações e práticas baseadas em evidências científicas. Encontre profissionais que atuem com essa abordagem e que possam te trazer esses dados de maneira acessível. Ao final, se questione novamente e veja qual é a imagem mental que irá se formar.

Sabemos que o que ouvimos pode afetar nossa percepção sobre o fato e o risco em si. Então deixo para você a escolha de decidir quais histórias e cenas de parto você prefere construir após essa breve reflexão.


*Suellen Amaral é psicóloga e certificada GentleBirth. Você a encontra clicando AQUI.

Texto Premiado no Desafio GentleBirth

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O parto em uma sociedade patriarcal

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