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Tudo e um pouco mais sobre preparação mental para o parto, gestação, puerpério e parentalidade.

Correndo contra o tempo durante a segunda fase do trabalho de parto

Correndo contra o tempo durante a segunda fase do trabalho de parto

Por: Samila Santos de Oliveira - @fisiomaternita

Nossa cultura prepara a mulher para ter um trabalho de parto que encaixe no padrão do relógio médico e que a partir do momento em que ela é “diagnosticada” o bebê tem hora limite para nascer. 

Isso passa a impressão de que o corpo da mulher é um risco contínuo para seu filho e que se, durante o período expulsivo, ela não conseguir fazer a força “correta”, ela precisará de alguma ajuda como uso de fórceps, vácuo ou episiotomia para que seu bebê nasça. 

O corpo da mulher sabe o que tem que fazer e que não é necessário ajuda rotineira para assistir um parto. O corpo não falha! Quando a cabeça do bebê toca o assoalho pélvico, ele é empurrado para baixo de maneira reflexa e o topo do útero fica mais espesso e grosso se movimentando em torno no bebê como uma pasta de dente. É como vomitar: é incontrolável. 

Se as mulheres confiassem no seu corpo, o medo do trauma perineal iria embora. Se a equipe tivesse mais paciência, o risco de trauma perineal diminuiria. 

O trauma perineal envolve qualquer tipo de dano à genitália feminina durante o parto que pode ocorrer de forma espontânea ou iatrogênica (via episiotomia ou parto instrumental). A laceração ocorre quando o bebê passa pelo canal vaginal e fissura os tecidos moles. Estas lacerações são classificadas em graus, dependendo dos tecidos atingidos. Aquelas de primeiro grau, afetam a pele e a mucosa; as de segundo grau, estendem-se até os músculos perineais e as de terceiro grau, atingem o músculo esfíncter do ânus. Alguns autores consideram, ainda, o quarto grau, quando a laceração atinge a mucosa anal.

Já a episiotomia é um corte intencional realizado pelo médico com a finalidade de aumentar o diâmetro da saída vaginal para facilitar a passagem da cabeça do feto e evitar uma ruptura vaginal. No entanto, alguns estudos mostram que a episiotomia não é protetora para as lacerações perineais graves e podem aumentar o risco de lesões de terceiro e quarto grau em mulheres multíparas (com mais de um filho).

Assim, o risco perineal está ligado ao limite de tempo para o bebê nascer ocorrendo mais intervenções, puxo dirigido, episiotomia e o uso da peridural. 

No entanto, para proteger o períneo a gestante pode realizar a massagem perineal durante a gestação a partir das 34 semanas. Além disso, o treino dos músculos do assoalho pélvico também no período gestacional ajuda no ganho de consciência corporal e parece diminuir o tempo da 2º fase do trabalho de parto. Tem também o uso do EPI-NO que durante a gestação pode prevenir lacerações mas sua evidência científica ainda é controversa. 

A mulher pode experimentar posições mais confortáveis na hora do puxo e dando preferência a posições mais verticalizadas (mesmo com peridural) e realizar compressa de água morna no períneo para evitar lacerações mais graves. 

A respiração no expulsivo precisa ser confortável e deve ser evitado prender o ar pois pode levar a uma diminuição do aporte de oxigênio para o bebê e reduzir o batimento cardíaco fetal podendo evoluir para alguma intervenção no parto. Ou seja, não puxe o ar com força, prenda a respiração e empurre colocando o queixo no peito!

Saber controlar a dor durante todo o processo do parto contribui também para diminuição dos traumas perineais e o GentleBirth trás essa mudança mental com desenvolvimento do foco e superação dos limites que a parturiente precisa. Ele disponibiliza um aplicativo* que pode ser usado durante toda gestação para que durante o trabalho de parto ela esteja em atenção plena e focada no seu corpo trazendo uma maior possibilidade de experimentar positivamente seu parto. 

Assim sendo, respeite o corpo em trabalho de parto pois ele sabe exatamente o que tem que ser feito. A mulher e seu bebê só precisam do tempo deles para poderem vivenciar uma experiência positiva. 

*GentleBirth Hypnobirthing disponível na App Store e Play Store

Nota: Samila Santos de Oliveira é fisioterapeuta e atua em Brasília-DF (perfil no Instagram @fisiomaternita). Ela acaba de se certificar no Curso online de Educação Perinatal GentleBirth com foco em preparação mental para o parto. Saiba mais clicando AQUI.

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