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Bem-vinda ao nosso blog!

Tudo e um pouco mais sobre preparação mental para o parto, gestação, puerpério e parentalidade.

Entre o querer e o fazer, existe a mente

Entre o querer e o fazer, existe a mente

Por: Carolina Medeiros*

Não sei você, mas minha mente é muito tagarela. E parece que na gravidez ela soltou a franga de vez. O melhor de tudo é saber que isso tem uma justificativa: é comprovado cientificamente que nosso cérebro sofre mudanças maciças na gravidez e durante o parto. Estamos reeditando o cérebro, desenvolvendo novos neurônios e fazendo novas conexões. E por acaso você percebeu que esse nosso narrador interno tem a habilidade de nos julgar, nos criticar, ser rude conosco e fica quase o tempo todo só pensando em coisas negativas? E sabe por que ele é assim? Nosso cérebro é simplesmente construído com uma maior sensibilidade a coisas ruins. Segundo o psicólogo Rick Hanson, nosso cérebro age como velcro para as coisas ruins e teflon para as boas experiências. 

Esse narrador interno nos prejudica quase todos os dias. Você se desgasta muito tentando calá-lo. E acredito que você já se deu conta que é impossível silenciá-lo. É por isso que quando você ouve alguém te dizer para fazer meditação para se acalmar, você fica mais irritada ainda, já que acredita que meditação não é para você pois nunca vai conseguir ficar sem pensar em nada.

Eu era assim até compreender a prática de Mindfulness e ela entrar na minha vida.

Um dos pontos principais de entender o mindfulness, atenção plena, é que nós não tiramos ou calamos o narrador de dentro da nossa mente, já que isso é impossível, mas podemos transformá-lo em bondoso e gentil e um companheiro que nos ajudará a agir de forma consciente e presente neste exato momento.

É impressionante como a gente não vive no presente – ou estamos projetando o futuro ou ruminando o passado. E isso tudo se evidencia na gestação, já que estamos sendo tomadas por um arsenal de hormônios e um deles é a ocitocina, o hormônio do amor, o hormônio que nos conecta com a maternidade. A oxitocina liga a nossa forma primitiva de proteção da nossa cria. Então estamos o tempo todo:

“Será que estou fazendo certo?”

“E se eu fizer algo que não fará bem para meu bebê?”

“Eu deveria fazer tal coisa?”

“Eu não deveria ter feito isso!”

Nossa mente fica repleta de e se isso, e se aquilo, eu deveria, eu tinha, eu devo... Isso é a prova de que não estamos vivendo no presente. É a prova de que a mente está sempre se intrometendo na nossa vida, de que ela está se alimentando de pensamentos negativos.

O neurocientista Robert Sapalsky chama isso de “Sofrimento Adventício” – que são essa dores do que já foi, do que será, do que poderia ser. Com o passar do tempo, essa porção extra de sofrimento mental pode danificar regiões do cérebro que envolvem aprendizado, memória e o sistema imunológico. E, principalmente, não nos deixa nos ouvir, ouvir nosso corpo.

A gestação passa muito rápido para não a vivermos no presente. Passa muito rápida para deixarmos a mente se intrometer e querer dar palpites com o que queremos fazer.

A prática de atenção plena (ou mindfulness) faz com que possamos mudar nosso cérebro intencionalmente, melhorando nossa saúde emocional na gravidez, parto e os desafios da nova vida parental. Podemos reduzir os palpites da mente tagarela para os “e se algo acontecer...” trazendo a mente para o presente, se preparando para estar apta a tomar decisões quando elas tiverem que ser feitas.

Sabendo que nosso cérebro é reprogramável, podemos mudar nosso mapa mental de como vemos o mundo, para que possamos vivenciar uma gestação, parto, pós-parto e a nova vida parental de uma forma positiva e benéfica para todos.

Tem uma frase do escritor americano Mark Twain que diz: "Eu passei por algumas coisas terríveis na minha vida, e algumas realmente aconteceram." Quais coisas que você quer que aconteçam com você?

Para ajudar a trilhar o caminho da reestruturação do cérebro para um pensamento positivo, modificar as crenças negativas que tem referente ao parto e ajudar a fazer as visualizações do seu parto tão desejado e positivo, você conta com o aplicativo GentleBirth. O aplicativo possui áudios com diversas práticas de mindfulness, hipnose, respiração e afirmações, que irão te guiar para que aconteçam coisas positivas na sua pré-concepção, gestação, parto, pós-parto e parentalidade.

*Carolina Medeiros é mãe do Cauã e da Elis, mora em Urubici (SC). Carol é Doula, Educadora Perinatal e Instrutora GentleBirth. Siga seu perfil no Instagram @serflorefloresser

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