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Bem-vinda ao nosso blog!

Tudo e um pouco mais sobre preparação mental para o parto, gestação, puerpério e parentalidade.

Imagine...

Veena Mukti*

IMAGINE

Imagine um mundo onde os bebês são gerados, gestados, paridos e cuidados de forma mais consciente e presente.

Imagine gestantes sendo respeitadas em suas escolhas e vivendo sua parentalidade plenamente, de forma calma, confiante e no controle.

Imagine que essas pessoas têm parcerias informadas sobre as questões que envolvem o gestar, parir e cuidar, e que participam ativamente de todo o processo. 

Imagine a obstetrícia centrada no que é melhor para gestante e bebê, com base em evidências científicas, com equipes amorosas, tranquilas e seguras.  

Sim, eu confio que este mundo é possível! Mesmo que ainda não seja uma realidade, e que ainda a grande maioria dos nascimentos aconteçam muito distante desta idealização estamos caminhando passo a passo, pessoa a pessoa para este rumo e o GentleBirth é de grande importância nesta transformação. 

Calma... estamos distantes, mas respire profundamente, conecte-se com o centro do seu peito e traga a imagem poderosa deste mundo ideal para o seu coração. Torne-a realidade para você!

REFLITA

Com base na experiência de tantas famílias que já mudaram o rumo de suas histórias utilizando as ferramentas que o GentleBirth oferece, sabemos que é possível virar esse jogo e que, a cada bebê que nasce com mais respeito, já estamos transformando o mundo. 

Há estudos que afirmam que a forma como nascemos deixa marcas profundas em nossa personalidade, então estamos vivendo num mundo em que a maioria das pessoas não teve uma primeira impressão muito boa da vida. Foram gerados sem consciência, gestados permeados de medos e inseguranças, chegaram ao mundo numa sala fria, super iluminada, foram manuseados sem respeito, separados de suas mães, muitos foram tirados do útero antes mesmo de avisarem que estavam prontos. Receberam ocitocina sintética – contrações a mil sem o efeito analgésico da ocitocina endógena -, sem esse hormônio do amor e do vínculo tão importante até mesmo para a formação do comportamento materno. Em alguns casos ainda, a barriga da mãe foi empurrada, aconteceram agressões verbais e físicas, o tempo do corpo foi desrespeitado, posição desfavorável ao nascimento, cortes no períneo (episiotomia), puxos dirigidos “faz força... faz força agora!!!” – enfim, toda a fisiologia que levou milhões de anos se desenvolvendo para parir sendo desrespeitada. Não se parece com a vida dando as boas-vindas, não é mesmo? 

Ou seja, vivemos em uma sociedade que logo na chegada já fomos privados de amor e respeito e em muuuuitos casos ainda foram adicionas pitadas de dor, insegurança, solidão... Sem falar num tempo mais antigo em que os bebês eram colocados de cabeça para baixo e levaram uma palmada no bumbum para chorar e respirar! Ora... ora... ora... que tal esperar o cordão umbilical parar de pulsar e esse ser humano respirar pela primeira vez de forma mais suave e sem dor? Neste cenário esses estudos afirmam que saímos por aí reproduzindo na vida padrões de comportamento ligados à dor, ao medo do abandono, desconexão de si mesmo e de sua capacidade, afinal não confiaram que éramos capazes nem mesmo de nascer com nossas próprias forças!!! 

As mulheres, em sua maioria foram ensinas que parir dói, que é a “maior dor que vão sentir na vida”, e aí é claro que muitas acabam optando (pela falta de informação) por um parto medicalizado, cheio de intervenções que desrespeitam a fisiologia ou mesmo antecipam a cirurgia cesariana. Esses recursos têm suas vantagens e salvam vidas, mas devem ser utilizados como um último recurso e em situações muito específicas, não como rotina. Enquanto mãe e bebê estiverem bem pode-se esperar.

EXPERIMENTE

Você já deve ter ouvido esta expressão: “a Natureza é sábia”, então por que será que a maioria das pessoas e das equipes obstétricas não conseguem confiar nesta sabedoria? Quando foi que nos perdemos pelo caminho?

Muitas vezes quando estamos perdidas é preciso retornar ao simples, ao ancestral, então chamamos recursos da meditação budista, da atenção plena, porque aqui, no momento presente sempre está tudo bem! Com as técnicas de Mindfulness podemos olhar para o cenário de forma mais clara e compassiva, sem julgamentos e com aceitação, o que não que dizer que não há nada a ser feito. Pelo contrário, a partir desta nova forma de observar é que as atitudes e escolhas podem ser feitas com mais clareza. Vamos reprogramando essa mente desgovernada que se perde no passado e no futuro e retomamos as rédeas do nosso pensamento. 

O cérebro tem uma capacidade incrível de neuroplasticidade, cria novas conexões e refaz caminhos até mesmo para poder curar esse “trauma do nascimento”, desde que sejam dadas condições e ferramentas para tal. Estamos a todo momento criando realidades a partir dos nossos pensamentos. Não precisamos mais ficar repetindo histórias de dor e desconexão. A partir da mudança mental, podemos mudar nosso comportamento e assim nossas vidas, transformando o planeta.

Imagine um mundo onde mulheres iniciem o trabalho de parto encarando-o com curiosidade, sabendo que têm capacidade, confiando no seu corpo, no seu bebê e na parceria. Sabendo que estão preparadas para esse desafio, que seu corpo em vez de estar cheio de medo e tensão esteja preenchido do mais perfeito coquetel hormonal para cada fase. Que as expectativas são as melhores possíveis porque ela já vivenciou, em sua mente, esse momento repetidas vezes, e então já não é uma novidade ameaçadora. E que mesmo que não aconteça tudo como planejado e sonhado ainda assim ela terá uma experiência positiva deste evento. Ela e seu bebê estarão prontos para uma vida plena, amorosa e consciente!

Consegue ver esse mundo como possível? Vamos juntas construí-lo? 


* Veena Mukti acredita na sabedoria do corpo e confia nos métodos naturais de cuidados com a saúde. É mãe de 2 adolescentes, nascidos de parto domiciliar planejado. Terapeuta corporal desde 1994, é especializada em gestantes e bebês. Instrutora de Massagem em Grávidas, Shantala, Yoga para Gestantes e casais grávidos e Baby Yoga. Atende regularmente com o Método Kusum Modak℠ – Terapia Yoga Massagem Ayurvédica℠ há mais de 25 anos. Dá cursos de formação no Brasil e Portugal. Está concluindo a formação em GentleBirth @veenamukti @massagemmaterna

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