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Tudo e um pouco mais sobre preparação mental para o parto, gestação, puerpério e parentalidade.

O outro lado da “dor” do parto

O outro lado da “dor” do parto

Por: Érika Mariana Oliveira*

Sabe aquele momento que sentimos dor e não sabemos exatamente o que fazer ou como agir? Normalmente, a nossa reação automática é uma cascata de medo, pânico e ansiedade disparada pela amígdala cerebral, que é uma espécie de centro de respostas emocionais do cérebro. Nesse momento em que o cérebro começa a receber os impulsos que sentimos como dor, nós recebemos dele sinais de que algo estranho está acontecendo e podemos responder em sinal de alerta com essas sensações (medo, pânico e ansiedade).

Agora vamos pensar tudo isso no cenário de parto, quando as mães começam a experimentar as contrações: impulsos são enviados à coluna vertebral que enviam uma mensagem ao tálamo desse algo “estranho”. Nesse momento, as mães podem responder de maneiras diferentes: com sensações de que as contrações devem doer muito ou podem perceber esses sinais como algo que elas entendem (e que não são uma ameaça ao seu corpo). Então eu te pergunto – principalmente se você estiver grávida – que cenário de parto você escolheria para si mesma?

Mas antes disso, vamos lá, vamos entender o que é a dor.

De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor, ela é “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ao dano tecidual ou potencial, ou ainda descrita em termos de tal dano”. E porque precisamos da dor? Porque a dor nos leva à ação, nos servindo como mecanismo de proteção.

No trabalho de parto, a tão temida dor advinda das contrações pode ajudá-la a se mobilizar para mudar o cenário, otimizar o processo de trabalho de parto, usando sons, cheiros, visualizações, foco ou atenção. 

A dor é vista como negativa e ruim para a maioria de nós, eu sei, mas podemos entendê-la como um mecanismo que comunica ao nosso corpo algo que precisa ser alterado, como um impulso à melhoria desses sinais desagradáveis. Eu costumo dizer que a dor é nossa amiga!

Alguns estudos já comprovaram, por exemplo, que durante a prática de Mindfulness, regiões do cérebro como o tálamo – responsável por organizar os sinais vindos de áreas periféricas do cérebro – ficam “desativadas” e enviam sinais para a dor desaparecer. Ou seja, a dor só vai passar a existir para a nós quando o nosso cérebro identificar esse sinal como algo preocupante. Caso contrário, saberemos lidar com ela.

E como estar preparada para ter a dor como amiga?

No treinamento mental proposto pelo GentleBirth, as mães aprendem que podem reduzir a percepção da dor, através de visualizações, técnicas de Mindfulness (atenção plena no presente) e hipnose. Praticar a atenção plena melhora nossa presença e podemos experimentar isso a todo momento: seja lendo um livro, tomando banho, conversando ou brincando com as crianças. É um treinamento contínuo, que serve para a vida.

Então se uma mãe participa de um treinamento mental importante que trabalhe esses aspectos como o GB ela tende a se tornar mais focada e confiante, podendo perceber a dor sem o alerta de ser uma ameaça. E mais ainda: nota que ela mesma pode controlar as situações, porque treinou seu cérebro para lidar com vários momentos, entre eles os de stress ou adversidades. Podemos dizer aqui que esse momento é “pulo do gato”, porque a mãe passa a considerar o parto como um evento fisiológico natural, positivo e não como algo assustador (como alguns cenários dramáticos demonstram), se vendo como protagonistas do seu parto.

Com esse aprendizado de que a dor tem um outro lado e de que com foco e atenção plena podemos modificar a nossa fisiologia, uma mãe que passa pelo treinamento GentleBirth pode se preparar para remodelar seu próprio cérebro, praticando diariamente as ferramentas que estão ao seu alcance.

Então, deixo um convite para você pensar: que escolha você pode fazer hoje, que vai te deixar calma, confiante e no controle do seu parto?

* Érika Mariana Oliveira é mãe de Gui e de Miguel, pisocóloga, doula, educadora perinatal, aluna do Curso de Educação Perinatal GentleBirth. Você pode encontrá-la no @ematernagem

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